- 12 de abril de 2019
- Publicado por: Administrador Geral do Site
- Categoria: Notícias
Isso porque não podemos descartar o fato de que dirigir à noite é diferente de dirigir durante o dia.
O cuidado e a atenção precisam ser redobrados!
Nesse sentido, muitos profissionais e instrutores de trânsito opinam que toda a prática que venha a contribuir para a experiência e autoconfiança do condutor é muito importante.
Deixar de realizar um treinamento específico ao aluno implica que ele tenha que descobrir “como se virar” sozinho, e isso também pode ser muito perigoso.
A visão do ser humano, à noite, é de 1/6 em comparação ao dia. É evidente, portanto, que diferenças sejam sentidas.
Em uma aula noturna, por exemplo, o aluno irá receber orientações de como se comportar em relação ao seu posicionamento perante aos demais veículos.
Nesse caso, ele aprende alguns macetes bem importantes, tais como:
– evitar olhar diretamente para o farol do outro carro para não ofuscar a visão;
– como olhar nos retrovisores com a luz do farol dos outros veículos e realizar as manobras sem que a luminosidade o prejudique;
– prestar atenção nos pedestres nas ruas, principalmente com a questão da cor da roupa (que, se for escura, pode torná-los menos visíveis), entre outras práticas.
De forma geral, então, a falta de luminosidade exige dos alunos mais cautela e atenção.
Imagine se o condutor apenas entrar em contato com essas situações depois de conquistar a primeira CNH, nas situações do dia a dia?
Não quer dizer, é claro, que isso tornaria o processo impossível, mas certamente o dificultaria.
Para você ter uma ideia, Márcia Pontes, uma pesquisadora e educadora de trânsito, em entrevista ao site Portal do Trânsito, levanta uma série de vantagens das aulas noturnas.
Conforme Pontes, muitos recém-habilitados realizam viagens noturnas apenas com base nas orientações que tiveram sobre como dirigir durante o dia, que são cenários bem diferentes.
Ao exemplificar com uma situação que pode ser bastante corriqueira, a pesquisadora conclui que o simulador não dá conta das demandas advindas da realidade noturna.
O exemplo que ela aborda é que, à noite, e com chuva, as gotas d’água nos vidros refletem as luzes dos postes e dos faróis dos carros que vêm no sentido contrário.
A visão do condutor, nesse caso, fica mais dificultada, por isso é extremamente importante prestar atenção nos veículos mais escuros ou com problemas de iluminação, seja por farol queimado ou outros motivos.
E isso, de fato, o simulador não contempla.
Márcia, porém, concorda que o fim das aulas noturnas implica em menos riscos de violência aos alunos e instrutores, porém, lamenta que dirigir à noite possa não passar da teoria para os recém-habilitados.
Fonte: Dr. Multas